Conversas resultantes nos bastidores políticos da eleição 42
Conversas resultantes nos bastidores políticos da eleição 42
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Publicado em: 06/10/2022 às 07h29“Espero que o Congresso apure esses erros grosseiros” Ministro Fábio Faria (das Comunicações) sobre os erros do Datafolha, Ipec, Ipespe e Quaest.
Aliados tentam unir Bolsonaro, Ciro e Rodrigo Garcia Articuladores próximos a Jair Bolsonaro tentam facilitar o entendimento com o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), para o segundo turno. E sonham também com uma aproximação com o ex-candidato Ciro Gomes (PDT), que permanece relutante sobre declarar apoio a qualquer dos “finalistas”.
Uma aliança com Bolsonaro seria prova de maturidade da política brasileira, tão comum mundo afora, mas a dúvida é se Ciro pagaria o preço de dar as costas à esquerda.
Conversa a três - A conversa de Bolsonaro com Rodrigo Garcia incluiria seu companheiro de chapa, deputado Geninho Zuliani (União Brasil-SP).
Votos em comum - Bolsonaro e Rodrigo Garcia têm em comum os respectivos eleitores, que não votam em candidatos do PT.
Desconforto - Autor de ácidas críticas ao envolvimento de Lula com corrupção, Ciro Gomes se sente desconfortável para apoiar o petista no 2º turno.
Partido resistiria - Ciro, no entanto, sabe que o PDT, sem ele, volta a ser o velho puxadinho do PT, e não aceitaria entendimento partidário com Bolsonaro.
Mercado reage bem otimista à votação de Bolsonaro 1j31v
Engabelado pelas pesquisas eleitorais, precificando a vitória de Lula (PT) já no primeiro turno, que não se confirmou, o mercado reagiu com otimismo, quase euforia à demonstração de força do presidente Jair Bolsonaro, fechando em alta de 5,5%, o que não acontecia desde abril de 2020, e fazendo o dólar desabar 4,1%.
O otimismo não tem a ver exatamente com a preferência por Bolsonaro, mas sim com o fato de que o petista agora terá de ser mais claro sobre seu programa na economia.
Estatal imexível - As ações da Petrobras, saqueada na era petista, dispararam 8%, sinalizando a repulsa do mercado às ameaças de interferência de Lula.
Sem surpresas - Com o resultado de Bolsonaro, ganha força a agenda liberal pró-privatizações com foco na responsabilidade fiscal. O “mercado” adorou.
Ojeriza máxima - Mesmo sem um plano de governo, Lula já declarou que vai acabar com o teto de gastos e aumentar o descontrole fiscal. O “mercado” detestou.
Ciscando para dentro - O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), terá papel essencial na articulação de novos apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno. A ordem é não desprezar qualquer chance de “ciscar pra dentro”.
Ops, perderam - Ao contrário dos clientes, o ainda senador Antonio Reguffe (DF) se deu bem na estreia como consultor de “planejamento estratégico” eleitoral. Cobrou R$ 500 mil da candidata Samantha Meyer (PP-DF) e mais R$ 200 mil de Joe Valle (PDT-DF), candidatos a deputada distrital e a senador. Ambos perderam.
Respaldo nas urnas - O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), mostrou na eleição que sua liderança em Alagoas não é casual. Foi o deputado federal mais votado, com quase 220 mil votos, mais do dobro do segundo colocado.
Campeão nordestino - André Ferreira (PL-PE) figura como único nordestino na lista dos doze 12 deputados federais mais votados. O irmão do ex-candidato a governador Anderson Ferreira foi o mais votado em Pernambuco: 273.267 votos.
Não se emenda - Após errar mais que bêbado tentando enfiar chave no buraco da fechadura, o Ipec (ex-Ibope) registrou no TSE pesquisa para o 2º turno. Difícil agora será achar quem dê crédito aos números.
Coveiro do PSDB - O PSDB pegou o caminho da extinção, este ano, sob a presidência de Bruno Araújo (PE), menor que o cargo. Mas ele nem sequer cogita renunciar, como nos partidos mais longevos das melhores democracias.
Volta por cima - O eleitor ignorou os ataques ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, sobretudo na I da Pandemia, e o elegeu como o segundo deputado federal mais votado no Rio de Janeiro, com as bênçãos de Bolsonaro.
Cartão vermelho - Não se reelegeu Orlando Silva (PCdoB-SP), aquele que foi flagrado pagando até tapioca com cartão corporativo, no governo Lula. Será suplente e dependerá de abertura de vaga para voltar à Câmara.
Pensando bem...
...já tem muita gente torcendo pela próxima pesquisa errada.
PODER SEM PUDOR 605t1p
Dos bigodes à barba - Então ministro das Relações Exteriores de Lula, Celso Amorim ganhou um apelido até hoje lembrado pelos diplomatas da sua geração. A maldade foi do embaixador Sérgio Corrêa da Costa, com quem Celso Amorim serviu em Londres, nos anos 1970: “Celsinho Quitandeiro”.
É que ele usava fartos bigodes, como os de um quitandeiro português. Depois deixou crescer a barba, adotando modelito “esquerdista”, muito embora no regime militar ocue a presidência da estatal Embrafilme. E se tornou figura de destaque entre os “barbudinhos” do Itamaraty.
Xô, PT - O governador afirmou na ocasião que São Paulo se consolidou como terra de oportunidades exatamente porque nunca foi governado pelo PT.
Incondicional - Ainda mais corajoso foi o apoio que Garcia classificou de “incondicional” a Tarcísio de Freitas, apesar do duro embate entre eles no 1º turno.
Geninho ajudou - O apoio a Bolsonaro foi “costurado” também pelo deputado Geninho Zuliani (União Brasil), candidato a vice na chapa de Rodrigo Garcia.
Governador Zema reúne governadores para reeleger Bolsonaro 136x5c
Após anunciar seu apoio, considerado decisivo, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), decidiu mobilizar uma espécie de “força-tarefa” de governadores, eleitos e reeleitos, pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). A ideia de Zema é organizar uma agenda eleitoral para que os governadores ligados ao campo político do presidente percorram o País pedindo votos para virar a eleição no segundo turno.