PL vai à Justiça Eleitoral pedir para cassar o mandato de Sergio Moro (PR) 315x28
O partido tem esperança de conseguir retirar Sergio Moro do cargo, o que levaria à realização de uma nova eleição 51q6h
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Publicado em: 09/12/2022 às 06h28O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, pediu à Justiça Eleitoral do Paraná a cassação do mandato do senador eleito Sergio Moro (União Brasil-PR). O movimento ocorre pouco depois de o ex-juiz da Lava Jato ter apoiado publicamente o mandatário no segundo turno das eleições deste ano.
O PL tem esperança de conseguir retirar Sergio Moro do cargo, o que levaria à realização de uma nova eleição. A avaliação é que o deputado federal Paulo Martins (PL) seria favorito para vencer o novo pleito.
Na disputa deste ano, Moro fez 33,82% contra 29,12% de Martins. A ação foi apresentada pelo PL do Paraná, mas teve o aval do presidente nacional, Valdemar Costa Neto. O processo corre sob sigilo de Justiça no TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná). A legenda contesta supostas irregularidades nos gastos de campanha de Moro.
Sergio Moro e Jair Bolsonaro se reuniram nesta quarta-feira (07.12) no Palácio da Alvorada, mas o teor da conversa não foi divulgado. O ex-juiz, que deixou o Ministério da Justiça após brigar com Bolsonaro e acusá-lo de tentar violar a autonomia da Polícia Federal, voltou a se aproximar do chefe do Executivo nas eleições deste ano.
Após flertar politicasmente com Jair Bolsonaro no primeiro turno, declarou voto nele no segundo turno. Ao final, porém, elegeu-se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado por Sergio Moro no âmbito da operação policial Lava Jato – mais tarde, o STF (Supremo Tribunal Federal) anulou a condenação feita, devido ao encaminhamento do processo, que deveria ser em São paulo e começou no Paraná.
A retomada da aproximação com Bolsonaro foi uma tentativa de contornar o isolamento político vivido por Moro desde que pediu demissão do governo Bolsonaro. Procurado pela campanha bolsonarista, Moro declarou voto no presidente e foi ao debates ao lado do então candidato à reeleição em uma estratégia que visava provocar e desestabilizar Lula.
Aliados de Moro classificaram a ação como tentativa de criar um "terceiro turno" na eleição para o Senado no Paraná.