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Publicado em: 17/05/2025 às 05h26Foi pela caneta do senador Fabiano Contarato que a posição do governo Lula contra a I do INSS começou a derreter. Ao o requerimento de sua instauração, ele rompe com a estratégia do Palácio do Planalto de buscar evitar a existência de uma investigação adicional no âmbito congressual. A queda de Carlos Lupi precipitou o cenário de contenção de danos. O lulopetismo já deve estar ciente do efeito devastador que a roubalheira teve nos já combalidos índices de popularidade do presidente.
A linha agora é apoiar a investigação e estendê-la ao governo de JAIR Bolsonaro. Em suas redes sociais, Contarato declarou que é “necessário chegar às entranhas do esquema que houve durante o governo do ex-presidente”. Contarato é mais refinado que a catatônica Gleisi Hoffmann. Politicamente, é melhor compartilhar o desgaste do que apenas ficar contra a I e dar a impressão de que o governo tem o que esconder e só a oposição deseja investigar.
O desgaste, entretanto, parece incontornável. A narrativa de que teria sido obra do governo Lula desbaratar a quadrilha não colou. A fragilidade do discurso oficial ficou evidente na sessão do Senado que ouviu Wolney Queiroz, o novo ministro da Previdência Social. Queiroz estava na mesma reunião em que Lupi, seu antecessor, foi informado da existência de um esquema de descontos ilegais, com o agravante de, como deputado, ter votado a favor de projetos que facilitaram a prática desses crimes. Chegou a bater boca com o senador Sérgio Moro, que o cobrou pela suposta omissão diante das denúncias.
Há sobra de evidências de que o esquema é oriundo de outros governos, incluindo o de Bolsonaro, mas é evidente também que explodiu no governo Lula. E isso se verifica não apenas pelo volume de recursos tirados dos aposentados a partir de 2023, mas também pelo número de entidades fraudulentas que se conveniaram ao INSS a partir desse período. A demora de Lula em se livrar de Lupi ajudou a consolidar a imagem de que a paternidade do crime é, sobretudo, do atual governo.
Na quinta-feira (15.05), o INSS informou que mais de 1 milhão de pessoas registraram solicitações de reembolso. O número de registros dobrou em uma semana e não dá sinais de que vai parar de subir. Enquanto isso, o governo demonstra não ter ideia de onde vai tirar o dinheiro, nem como usá-lo para ressarcir tantas pessoas lesadas. Um bom começo seria suspender uniformemente todos os descontos existentes. Ao invés disso, preferiu rear para as vítimas o dever de provar que não se associaram, submetendo-as também a um novo e desgastante procedimento burocrático.
Lula DA SILVA volta ao Brasil com o governo sob a sombra de um escândalo de corrupção que envolve uma parte considerável de sua base social e que deve persegui-lo até o fim do mandato. Com a iminência da I no Congresso, a solução da crise só não está mais distante do que o dia em que o dinheiro tungado dos aposentados volte para o bolso deles.